sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Como enfrentar as causas da crueldade animal



Fonte: Vista-se

Veganismo: como enfrentar as causas da crueldade animal


por Renata Octaviani Martins | Atualmente, tivemos um evento do qual participaram  inúmeras pessoas que, com certeza,  se importam com animais em algum nível. Entretanto,  será que todos que participaram do evento já pararam pra pensar realmente sobre isso?  O  WEEAC – sigla para “evento mundia l pelo fim da crueldade contra animais” – aconteceu simultaneamente em todo o mundo e defendia o ABOLICIONISMO, o que traz mudanças profundas na maneira de enxergar os animais.
Mas, o que isso quer dizer, como afeta a forma como enxergamos os animais e que consequências pode ter? De forma muito resumida, algumas perguntas, respostas e sugestões de sites para mais informações:
a) O que é “ABOLICIONISMO”?
A palavra vem como analogia, pela situação de exploração e cerceamento da liberdade dos animais, como se eles existissem para nos servir. Assim como na época nos escravos, guardadas as devidas proporções, não lutamos por melhores condições para manutenção da escravidão, mas sim pelo fim da mesma. Por isso não aceitamos soluções como “abate humanitário” ou “melhores condições na produção”.
b) O que é “direito de não ser propriedade”?
Animais não existem para serem usados e abusados pela humanidade. Animais existem por suas próprias razões e interagem na natureza, da qual fazemos parte, mas que temos condições de compreender e modificar pela nossa razão e ética. Em relação a animais domésticos, por exemplo, é ser favorável à adoção, nunca à criação/venda (sem “seleção genética de raças”, independente das condições em que essa ocorra), preferindo o termo TUTELA responsável ao invés de “posse”. Em relação a animais ditos de produção (bois, porcos, aves, peixes, moluscos, crustáceos, etc) , não se aceita fazer parte da cadeia de consumo. É ser contra o ESPECISMO, ou seja, impor inferioridade e exploração em razão de um ser pertencer a outra espécie.
c) Por que eu deveria respeitar esse direito?
As razões residem na SENCIÊNCIA dos animais. Animais em geral, não apenas os domésticos, expressam emoções, têm capacidade de sentir dor, relações sociais entre membros da própria espécie e até de outras (incluindo a humanidade), lamentam a morte de outros membros e manifestam claramente mecanismos de defesa da própria vida, além de formas de evitar a dor. Enquanto animais forem entendidos como propriedade, o interesse humano será visto como prioridade, em detrimento do sofrimento animal.  Mudando a forma de enxergá-los, inúmeros atos de crueldade não teriam sequer chance de ocorrer.

d) Mas animais de produção não existem apenas para que possam ser abatidos ou possamos utilizar seus produtos?
Não. Animais de produção não deixam de ser animais e terem todas as características necessárias para que os respeitemos pelo que são; não pelo que pretendemos fazer com eles. O fato da maior parte da humanidade sentir prazer em alimentar-se de animais cruelmente abatidos e explorados para produção de carnes e produtos de origem animal (ovos, leite, mel, peles, pêlos, etc), em condições que atendem primordialmente critérios de produção (não a realidade dos animais), não muda o fato de que essas condutas serem desnecessárias, moralmente reprováveis e causarem sofrimento e mortes. A redução do consumo causaria, necessariamente, uma redução nos nascimentos e esses animais poderiam a longo prazo serem reintroduzidos em condições naturais ou santuários. Da mesma forma que touros – mesmo que criados com essa intenção – não são feitos para rodeios/touradas e criação de cobaias para testes não justifica a crueldade dos testes em animais.
e) Como posso incorporar isso no dia a dia?
Através do ativismo, que significa simplesmente colocar em prática aquilo em que se acredita, recusando-se a financiar e perpetuar a exploração animal. No caso dos abolicionistas, tornar-se VEGANO é a forma de mudar nossa relação com os animais, passando da exploração para a compreensão e respeito. Ainda, buscando sempre soluções para ampliar cada vez mais as opções veganas, inclusive na própria área de atuação profissional.
f) O que é VEGANISMO?
Veganismo é o modo de vida baseado no vegetarianismo estrito (sem carnes, ovos, leite, mel ou qualquer produto de origem animal), esforçando-se ao máximo para excluir, não só da alimentação, o uso de produtos oriundos da exploração e do sofrimento dos animais (produtos de higiene e vestuário, entre outros testados em animais, venda de animais de estimação, rodeios, circos com animais, etc). A culinária vegana, por exemplo, é deliciosa e fornece nutrição completa e saudável. Informe-se nos diversos sites e livros disponíveis sobre o assunto.
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Informe-se mais sobre o assunto:
*Veganismo:
http://www.sejavegano.com.br
http://www.guiavegano.com.br
http://www.sociedadevegana.org
http://www.svb.org.br
http://www.conscienciaveg.org.br
http://www.vista-se.com.br
http://www.vegansociety.com (em inglês)
*Abolicionismo Animal:
http://www.uniaolibertariaanimal.com/
http:// www.anima.org.ar/libertacao
*Material para Crianças:
http://www.uniaolibertariaanimal.com/projeto-ulinha
*Nutrição e Culinária Vegana:
http://www.alimentacaosemcarne.com.br
http://www.vegvida.com.br
http://www.guiaveg.com.br
*Publicações de Interesse:
Revista dos Vegetariano (mensal; Editora Europa)
Virei Vegetariano, e agora? (Editora Alaúde)
Alimentação Sem Carne (Editora Alaúde)
Comer Animais (Editora Rocco)
Jaulas Vazias (Editora Lugano)

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