Ótimo vídeo..não tem como descrevê-lo, assistam e digam-me ...
Angelo Christo/ Corbis/ Latinstock
Cérebro de porco
Porcos têm linguagem. Com frequência atendem quando são chamados (pelos humanos e pelos outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos.
Porcos de granja normalmente são abatidos quando chegam a cerca de 100 kg. Se continuassem a viver, poderiam passar dos 350 kg.
Por conta própria, os leitões tendem a ser desmamados com cerca de 15 semanas, mas nas granjas industriais eles são desmamados com 15 dias. Com essa idade, não conseguem digerir direito comida sólida, por isso recebem remédios contra diarreia.
Uma série de antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos na comida dos animais mantém a maioria deles viva até o abate, a despeito das condições de higiene e confinamento em que são mantidos.
Não é incomum porcos aguardando o abate terem ataques cardíacos ou perderem a capacidade de se locomover.
Com 38 milhões desses animais, o Brasil é o quinto maior produtor de carne suína do mundo, atrás de China, EUA, Alemanha e Espanha.
Criações de Porcos em extremo confinamento são laboratórios ideais para o aparecimento de novos vírus que podem nos infectar. Infectologistas apontam que as criações intensivas de porcos e frangos são as mais perigosas fontes de vírus potencialmente letais aos humanos.
Lester Lefkowitz/ Corbis/ Latinstock
A pesca de atum provoca a morte de outras 145 espécies capturadas por acidente, incluindo baleias, tubarões, arraias e tartarugas. Para produzir cada prato de sushi de atum é necessário outro prato de 1,5 m de diâmetro para conter todos os animais que foram mortos “sem querer” durante a pesca.
De cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes que viviam nos oceanos há cem anos sobrou apenas um. Muitos cientistas preveem o colapso de todas as espécies - alvos de pesca em menos de 50 anos.
Antigamente os pescadores localizavam os cardumes de atum e então os puxavam no braço, um por um, com vara, linha e gancho. Hoje isso é passado, são usadas pesca de arrastão ou espinhel.
1,4 bilhão de anzóis são lançados por ano com espinhel (em cada um é usado como isca carne de peixe, lula ou golfinho).
Quase todos os peixes e frutos da pesca hoje contêm traços de mercúrio, metal tóxico que se acumula no organismo dos animais (humanos também) e pode afetar o sistema nervoso e causar demência. O risco varia de acordo com a quantidade e a espécie de peixe consumida.
Quanto maior o peixe e quanto mais tempo ele tiver de vida maiores são as chances de acumular o metal. Segundo a FDA (agência que controla alimentos e medicamentos dos EUA), tubarão, peixe-espada e cavalinha são espécies que devem ser evitadas.
A maioria do salmão que comemos vem da aquicultura. Uma fonte de problemas nessa atividade é a presença abundante de parasitas que prosperam em águas não correntes – em número 30 vezes maior do que o normal.
Elohim Barros/ www.flickr.com/elohimbarros
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e possui o segundo maior rebanho, com 205 milhões de bois e vacas – mais do que um animal por habitante. O rebanho só fica atrás do da Índia, onde é proibido matar vacas.
A pecuária é a causa número um das mudanças climáticas. Estudos da ONU apontam que o setor é responsável por 18% das emissões de gás estufa,40% a mais que todos os meios de transporte do mundo – carros, caminhões, trens e navios – juntos.
O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases de efeito estufa, principalmente por causa das queimadas e do desmatamento da Amazônia. A criação de bovinos é responsável por 80% do desmatamento da floresta brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nos anos recentes, a cada 18 segundos 1 hectare da Amazônia foi convertido em pasto.
O maior consumidor mundial de carne bovina são os Estados Unidos, seguidos de União Europeia e Brasil. Segundo o IBGE, cada brasileiro consome em média 34,7 quilos de carne bovina por ano.
Para produzir 1 quilo de carne de boi são necessários 15 mil litros de água. A produção de 1 quilo de arroz consome 3 mil litros de água.
Por meio de arrotos e flatulências, o boi libera metano, um gás com potencial de efeito estufa 20 vezes maior do que o dióxido de carbono.
Um dos principais alvos de críticas dos grupos de defesa dos animais é a produção da vitela, a carne de bezerros. Sua maciez e brancura vêm do fato de que os animais são alimentados apenas com leite e criados em baias minúsculas, que os impedem de se locomover e criar músculos.